quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dear Pain. livre pensamento.


Acordou, levantou-se, vestiu-se e saiu.
Andou, andou, andou ... tanto que andou até que encontrou um banco de jardim e sentou-se. Deu por si a pensar em mil e uma coisas, em tudo o que tinha vivido, bons momentos, maus momentos, na dor, nos sorrisos em tudo mesmo, mas apercebeu-se que nunca pensara no futuro. 
Era linda, mas tão triste, tinha cabelos longos e negros, um rosto tão expressivo, alta, magra, cheia de vida, tão livre, no entanto tão sozinha dizia não amar ninguém e que ninguém a amava, mas a verdade é que ela não se amava. Como poderia ela amar alguém sem se amar? Impossível eu sei... Bem, assim era a rapariga que muito pensava. Que muito pensava, excepto no futuro, mas só até aquele momento.
Começou a pensar como seria daquele momento adiante, o que faria nos minutos seguintes, nos anos seguintes, se o futuro iria ser reflexo do passado ou até mesmo do presente. Não sabe nada ela... e se  lhe perguntassem o que escolheria, um minuto no futuro ou ma hora no passado? Uma hora no passado não mudaria nada do que já está feito, os erros, sofrimento, dor nada disso mudaria e um minuto no futuro poderá ser o pior, e se não for o que sempre desejou? Assim, pensou ela, que seria melhor o presente por enquanto! 
Depois de tanto pensar, ela olhou o horizonte, e voltou a pensar.. voltou aos seus pensamentos obscuros, aos seus pensamentos do passado e agora também do futuro. Oh, linda rapariga! Para quê tanto pensar? Era livre de pensar, mas esse livre pensamento era o seu maior pesadelo.

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