quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Dear Pain. Do you still remember?

Cheguei à praia, sentei-me na rocha e ali permaneci durante horas.
Era inverno, o sol estava a pôr-se e o céu que era cinzento, tornou-se laranja e vermelho quase como fogo, o mar estava agitado de tal maneira, que batia nas rochas e parecia dançar com elas. Sei lá! Olhava e via vida na natureza, o vento não soprava, cantava ... Pode até nem fazer muito sentido, mas tal momento deixou-me com uma nostalgia ... Daqueles tempos, lembras-te?
Quando tu e eu ficávamos horas a olhar o horizonte, abraçados, sem dizer uma palavra, e, no entanto, com apenas um olhar a dizer tudo o que nos ia na alma.
Da noite para o dia tornei-me invisível, fui um mero acessório na tua vida. Acabaram-se as horas de silêncio apaixonantes e começaram não as horas, mas dias de silêncio perturbantes.
Não consigo parar de pensar se tudo isto não foi uma fase, tratas-me como lixo, mas o teu olhar ainda demonstra amor e desejo, ainda fala pela alma.
Porquê complicar? Tal como mar dança com as rochas e com a areia nos dias mais negros de inverno, também duas almas perdidamente apaixonadas dançam nas mais negras fases da vida.

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